Enquanto empresas tradicionais estão sofrendo com a crise do coronavírus, muitas startups têm aproveitado a nova onda e a busca por produtos por meio da internet. Nessa linha, a boa notícia é que três empresas inovadoras de Santa Maria estão entre as 30 finalistas do BRDE Labs, um programa com objetivo de captar e acelerar startups que resolvam problemas que estamos enfrentando no cenário atual, aproximando empresas, governo, universidades e o BRDE para promoverem soluções inovadoras para o Estado. As selecionadas vão receber treinamentos e concorrer a até R$ 25 mil em prêmios, além de poder apresentar suas empresas para investidores na tentativa de captar recursos para ampliá-las. O programa é bancado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Duas das empresas de Santa Maria foram criadas por alunos dentro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e outra, na Universidade Franciscana (UFN). Segundo o coordenador da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) da UFSM, Silon Procath, as startups da Federal selecionadas foram a Mobart e a Diferencial AGR. A primeira desenvolve sistema de realidade aumentada e virtual que permite visitar galerias de arte de qualquer lugar. Já a Diferencial AGR produz o portal de internet Mais Soja, de notícias do agronegócio e com treinamentos e cursos na área. Agora, vão lançar novos produtos, como previsão de produtividade. Pela UFN, a empresa selecionada foi a Polvo Spot, que tem o site Polvo Louco, que faz promoções e ofertas.
Hoje, a UFSM tem 32 empresas incubadas na Incubadora Tecnológica e na Pulsar, com cerca de 190 empregos. Ambos os setores estão sob gestão da Agittec. Segundo Procath, aos poucos, o sucesso dessas startups ajuda a fortalecer a marca das incubadoras e de Santa Maria como local de inovação, para atrair aceleradoras (empresas que investem nas startups para elas crescerem mais rápido).
- Cada vez que uma dessas empresas aparece e se credencia nesses concursos, os olhos dos investidores se voltam para os habitats (incubadoras) onde elas estão e para as cidades. Por exemplo, tem três empresas de Santa Maria, ou 10% das contempladas. Então, os investidores vão pensar, tem três empresas boas lá, então vamos olhar porque está acontecendo coisa boa em Santa Maria. Então, a gente começa a criar uma marca. Com certeza, as aceleradoras vão olhar com mais carinho para elas. Para a empresa é importante, porque ela chega muito mais rápido ao investidor - diz Procath.